quinta-feira, 24 de abril de 2008

O que é ser um estrangeiro



Nada melhor do que uma pessoa que sentiu na própria pele para definir o que è ser um estrangeiro. Ser estrangeiro è ser um ‘’intruso’’ em um lugar que não è seu. È viver em um mundo longe do seu mundo natal, onde muitas vezes aquilo que encontra è mais racismo e indiferença ‘ Nei suoi confronti’ do que acolhimento e aceitação.
Vivo na Itália há quase sete anos e posso dizer isso com todas as palavras que ser um estrangeiro ou viver em outro país è muito mais do que uma aventura. Precisa-se ter primeiramente muita coragem e, sobretudo paciência, pois a vida no exterior te exigirà muitas vezes de fazer escolhas e escolhas em todos os sentidos: tanto na vida quotidiana quanto na vida sentimental, especialmente no que se refere a ‘saudade de casa, familiares e amigos’. E isso è aquilo que te coloca mais em ‘crise’ pois muitas vezes não sabemos o que fazer, se continuamos a viver assim ou voltamos para nosso lar onde todos os familiares nos esperam de braços abertos.
Nesses sete anos estive algumas vezes no Brasil em férias, e mais de uma vez algumas pessoas me perguntavam como era viver no exterior, pois a maioria das pessoas no Brasil tem uma idéia de como è à vida fora, porem que não corresponde com a realidade. Eu particularmente não aconselhei ninguém a sair do Brasil e ‘aventurar’ uma vida fora se não tem certa estabilidade, sobretudo financeira. E disse isso lembrando a minha historia e também à de muitos brasileiros que vivem fora.
Na maior parte das vezes quando uma pessoa vai viver fora de seu próprio país è por motivos econômicos. È natural do ser humano, estarmos sempre procurando melhorar em todos os sentidos, mas sobretudo economicamente. Contudo, infelizmente nem todos tem a mesma ‘fortuna’, pois muitas vezes pessoas, por um motivo ou outro, não conseguem superar as dificuldades (que são inúmeras) e acabam voltando, de uma forma ou outra, ao Brasil. E para a sociedade, o fato de você ter voltado assim, muitas vezes è sinal de incapacidade, fracasso ou, mais ainda, as coisas não deram certas porque você não tinha vontade de trabalhar. E outras ainda, não conseguem nem superar as questões burocráticas nos aeroportos e acabam sendo deportados antes mesmo de entrarem no país de destino. E aqueles que conseguem entrar, já defrontam com dois problemas que, penso eu, são os maiores na vida de um estrangeiro: documentos e língua. Documentos para poder estar legal no país e poder exercer um trabalho digno de ser feito e com uma remuneração adequada, e também haver-lo para poder ter toda a assistência hospitalar e sanitária que precisar, mas que pra poder também ter sucesso sobretudo no trabalho, è indispensável saber falar a língua do país onde está.
Todavia, existem também exceções, onde há muitas pessoas que se realizam financeiramente e, porque não, afetivamente. Existem também famílias que acolhem os estrangeiros com todo o amor e carinho, como se fosse da própria família e isso fazem incondicionalmente e independente da cor, raça e sexo, fazendo com que essas pessoas encontrem neles o afeto e carinho de seus familiares deixado em seus países de origem.
Portanto, caros leitores, obtenham toda informação possível e necessária a respeito do país onde pensam em fixar residência, seus costumes, leis, e tudo mais para não ter depois grandes decepções e gastos sem alcançar os objetivos esperados.
Saudações